Pedra,
dentro um sorriso,
duro e vazio;
Cheio de tempo e tristeza,
Vago de amor e sentido.
Dentro do tempo,
vazio e duro,
Amor e tristeza
sem sentido.
Pedra, dura e vazia...
Ainda o amor
E um sorriso
Dentro da pedra,
vazia e dura,
o tempo
vago e perene.
LXI
LX
Volto sem nada nas mãos,
uma cerveja me salva!
O calor é o mesmo,
o banheiro é o mesmo...
E os jovens também!
Aqui, onde nunca foste perecível,
praguejaste contra a tua imagem.
Revivo e reviro a tua tristeza,
porque cá estou...
Que seja grande onde estiveres
a tua felicidade enfim.
LIX
Não busque na amizade o consolo,
Nem, tampouco, a complacência.
Da amizade queira a verdade,
que se assim não for, não é...
LVII
Bate, bate a hora, enfim!
Recolho no campo o que me sobrou.
As mãos vazias, os pés vazios
o peito oco e a alma murcha.
Das semeaduras nada vingou,
das colheitas, um novo plantio...
Espero pela esperança, pela chuva e pelo fim.
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