XIII

sendo o menino que fui, arteiro do jeito que sou
estórias não me faltam a dizer. bem verdade
que depois que seu Garrafa amoleirou a moleira
tudo mais perdeu um tanto da graça.
vivia ele na sobriedade severa dos homens criados a pó.
curtido da noite, bronzeado de lua, sempre bebeu
aos fantasmas que nunca deixou de avistar.
certa feita, tropeçou numa pedra de nada e não voltou
a fumar as cigarras que lhe vinham anunciar a partida.
seu Garrafa amoleirou a moleira e eu continuo piá.

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